Wednesday, June 8, 2011

Homesick....

A saga de morar longe de casa está chegando ao fim. (Graças a Deus, diga-se de passagem) Acho que realmente cheguei ao meu limite. Nada, nem mesmo o verão e os dias extremamente quentes, têm me animado. Sinto saudades de tanta coisa que é até difícil descrever com palavras. Coisas das quais a gente só da valor quando perde, ou quando está longe demais pra se ter. Sinto saudade do meu pai me perguntando pela milésima vez se eu já tinha jantado, mesmo que minha resposta sempre fosse positiva, ele insistia em me perguntar mais umas quinze vezes até eu falar. Pai como você é chatoo! Saudades da minha sobrinha me mantando de rir com as coisas incríveis que ela fala. Saudade dela me gritando. Tia Cintia, tia Cintia vem brincar comigo!! Coisa linda de Deus!! Saudade das longas horas de conversa com Dona Riza, vulgo- Mãe. Saudade do cheiro de limpeza da minha casa e da Maria fazendo faxina na segunda. Saudade inclusive da chata da mini latindo sem parar e se escondendo no escritório. Saudade das risadas que eu dava com as meninas do salão. Saudade da piscina que eu nunca usava mas estava ali quando eu precisasse. Saudade do cheiro de churrasco do vizinho e da gritaria das crianças da escola. Saudade de ficar na janela do meu quarto vendo as crianças se matando no parquinho da escola. haha Saudade do mercadinho norte sul, que agora é irmãos camilo, mas pra mim vai ser sempre Norte e Sul. Saudade de almoçar no procópio com a minha mãe, mesmo que a gente sempre reclamava que a comida era ruim, vez ou outra batiamos aquele rango depois de passar no mercado. Saudade de tomar uma gelada no Capital da Vila com o Ilarindo e morrer de rir com as piadas dele e ainda bater papo com o garçom. Saudade do frango a passarinho, do tutu com ovo, do pão de carne da minha mãe, da salada de maionese que tinha mais ovo do que legumes. Saudade de suco natural, água de côco, pé na areia, cheiro de chuva no asfalto da rua de casa, saudade das padarias, do pão na chapa e o pingadinho de todas as manhãs antes de ir pro trabalho. Saudade de passar as tardes no parque Santos Dumont, de almoçar na Tia Neusa porque era bom e barato, de tomar açaí, de comer feijoada, de assitir filme no meu quarto, de pegar carona com meu pai pra ir pro trabalho e sempre me atrasar pra me arrumar, até ele ligar o carro e eu saber que era um sinal pra eu descer. Saudade de quando ele me levava pra trabalhar na embraer e sempre ligava na radio onde uma mulher falava Bom dia e um gato miava e eu sempre tinha vontade de rir porque pensava, "Qual é a desse gato que fica miando no meio da noticia?" Saudade até da faculdade que me dava nos nervos e dos professores loucos que eu tinha. Saudade das aulas da Renata, das pérolas da Ilka, dos momentos de loucura da Goreti. Dos rolos, das fofocas, dos trabalhos e até das provas! Saudade do Seu Vitor que me levava pra faculdade de Van e sempre me contava  estórias da vida dele. Saudade de assistir a globo e até de ouvir a voz insuportavel do Faustão aos domingos. Saudades de casa, saudades da minha vida, dos meus amigos, da minha familia! Mais do que  nunca tenho a certeza de que sem os meus laços sanguineos sou apenas metade, metade de gente, metade de mim.

Saturday, June 4, 2011

Peripécias internautas e patrióticas.

Estava eu numa noite preguiçosa de sábado chuvoso fuxicando a vida alheia no facebook quando me deparo com um post um tanto quanto ignorante de um conhecido que é melhor nem citar  nome, pois não vale a pena. Não que eu me importe de ele saber que o mencionei em um texto meu, mas é porque gente, não vale a pena mesmo! Nego é tão ignorante que mal sabe escrever a própria língua, e que moral fulano vai ter de falar mal da Terrinha? Pois bem. Sujeitinho ignorante posta uma notícia ruim do Brasil e diz. "Agora 6 sabem pq eu num volto pro Brasil." Haha. Prato cheio para a crítica de quinta e mal humorada de plantão aqui né meus amigos? É C-L-A-R-O que eu tinha que comentar e olha que a coisa ficou meio feia por lá. Entre uma das muitas coisas que eu falei, mencionei o fato de que é muito fácil cuspir no prato que comeu e vir ser pedreiro, carpinteiro e muitos eiros por aí, aqui no Canadá ou em qualquer lugar do mundo. Gente! Longe de mim falar mal dessas profissões, até porque tenho pessoas na familia que a exercem com muito orgulho. Mas convenhamos que falar mal do próprio país é uma coisa um tanto quanto BRASILEIRA de ser. Tenho amigos Russos, Koreanos, Mexicanos que tem AMOR pela pátria e vestem a camisa mesmo! Não vejo Russo falando, pô, a Rússia tá uma merda, cheia de ameaça de terrorismo, vários skin heads aterrorizando rockeirinho no metrô, eu quero mais é sumir de lá! Não, vejo gente defendendo sua pátria que é o MESMO que nós brasileiros deveriamos fazer, ao invés de esperar que TUDO caia do céu. Se Canadá é país de primeiro mundo e aqui se ganha mais dinheiro, sinal que nego estudou pra isso, se dedicou e muito mais, se disciplinou a isso. Coisa que falta nos brasileiros metidinhos a besta que vem pro Canadá, começa a ganhar um pouquinho melhor e acha que já pode sair por aí metendo o pau no Brasil e sair impune. Não caros leitores, enquanto existirem pessoas de fé e com o mínimo de conhecimento como eu, pessoas  ignorantes que mal sabem escrever, não falarão mal do meu país de graça não. Antes de criticar caro amigo brasileiro, sem cultura e acomodado, vá procurar uma aula de gramática ou procure se informar melhor das notícias antes de sair por aí postando sobre um assalto, ou qualquer coisa do gênero que ocorreu pela milésima vez no Brasil. Aliás, hoje estava vendo um noticiário na tv canadense onde uma menina de 18 anos assassinou a própria mãe a facadas, não foi nem menos sangue frio como Suzane Von Ritchthofen que mandou matar, não meus amigos, a própria, esfaqueou a mãe até a morte. Então eu deixo a perguntar pairar... Vale a pena morar nessa cidade cheia de loucos, ou morar no Brasil cheio de corruptos e gente ignorante? Respondendo. Vale a pena morar no lugar onde você quiser! Com corrupção ou não, patologias mentais ou não, more onde quiser, desde que não saie por aí fazendo comentário sem base sobre o país onde você nasceu, cresceu e foi criado. Afinal, caro amigo, quer você queira ou  não, teu cabelo é ruim, teu sangue não é azul e esse sotaquezinho de quinta não nega tua raíz. Tu é brasileiro sim e cante em escala oitava "Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor..."

Wednesday, June 1, 2011

Um pouquinho mais..

Sexta me despedi de um grande amigo que fiz aqui no Canadá. Já fui em milhares de despedidas e a cada uma delas deixo um pedacinho de mim. Com isso, chego a conclusão que já estou ficando velha demais pra essas coisas. O lado emocional, maternal e etc e tal tem batido forte ultimamente. Com base na frase de Tati B. "Cansada de tudo que começa, hoje eu queria alguma coisa que continuasse." Eis que vem o meu apelo... Pessoas, dá pra parar de ir embora da minha vida? Peço humildemente ao ser supremo, conhecido como O cara lá de cima que pare de tirar as pessoas da minha vida, ou então, que me mande alguem que fique, assim, só pra váriar um pouco o cenário. É pedir muito? Sim, curtir a vida é o máximo, o verão é belo, as árvores são mais floridas, os passarinhos cantam e o vento sopra. As baladas lotam, brotam pessoas nas calçadas.. Ou seja, Uma maravilha. Mas tudo isso passa sabe? E eu continuo vendo casais felizes, bebês sujos de papinha e penso.. Pô, quando é que vai chegar a minha vez? Se é que vai chegar né... Eu ando duvidando disso ultimamente... Eu só queria que as pessoas ficassem, permanecessem, ou igual naquele filme que o cara vai atrás da mocinha no aeroporto e pede pra ela ficar. ( Mais clichê impossível) Ta bom, ta bom, sei que ando muito mulherzinha ultimamente, que morar sozinha em outro país tem mexido horrores com minha caixinha de pandora sentimental e blábláblá. Mas uma coisa é fato. Eu não aprendi a dizer adeus, não gosto de mudanças e sou super fã de clichês e rotinas. Sim, eu sou uma chata de 25 anos com alma de velha que chora com propaganda de margarina, se emociona com bebês babões e segura o choro na hora do adeus. E hoje, mais do que nunca eu queria sim algo que continuasse. Virar a página e começar uma nova pode parecer excitante no começo, mas nada como o bom e velho livro de cabeceira. Aquele que guarda lembranças de um passado bem vivido e estórias de um futuro bom. Hoje, eu só queria algo que continuasse... Com um final emocionante, brega e clichê.. E viveram felizes para sempre!