Friday, February 11, 2011

My sister's keeper- Filme

A começar pelo elenco, Cameron Dias e Abigail Breslin. Olha, essa garota é incrível, não tem um filme com ela que eu não tenha gostado do papel. Ela é aquele tipo de criança que bota banca em qualquer adulto metido a besta, algo no olhar, no jeito de ser. Tem horas que ela parece ter 90 anos, tem horas que mostra ser somente uma criança.

O filme é narrado por ela que conta que nasceu somente para salvar sua irmã Kate, que foi diagnosticada com Leucemia aos 3 anos de idade, seus pais que já tinham o Jesse, o filho do meio, mas que não era compatível, resolveram dar vida a Anna para tentar salvar sua primogenita. Ela conta que desde que nasceu foi submetida a varios exames e cirurgias para salvar sua irmã até que aos 11 anos ela resolve pedir emancipação para ter direitos legais sobre seu corpo. Ela não quer doar o rim para irmã, pois sabe dos riscos, não quer ser apenas cobaia, quer ser criança, ser filha também.

Sei que ao longo da história você quer ter raiva de alguém, achar um culpado. Mas nem a Anna, nem a mãe neurótica que quer mover montanhas para salvar sua filha, não conseguiram me deixar com raiva, muito menos a Kate que chega ao ponto de desistir de viver ou aceitar morrer, o que dá no mesmo.

Esse filme faz você enxergar a doença, o cancêr e a morte de um outro ângulo. Geralmente se fazem filmes sobre a perspectiva do paciente somente e não da familia ou da irmã mais nova que assiste a tudo, sente na pele, carrega o peso de ter que salvar a irmã e ao mesmo tempo querer ter uma vida normal.

Você percebe que pra vida e principalmente para morte não existe controle, não existe força que consiga lutar contra. A vida, assim como a morte segue seu fluxo natural e tem que ser aceitada, respeitada, por mais que doa não há nada que possamos controlar. Como pequenos barcos de papel flutuando sobre as poças d' agua da calçada, por mais que tentemos empurrar, eles sempre seguem outro caminho.

A vida, assim como a morte, tem o seu próprio percurso e o final nem sempre é feliz. Aceitar e continuar vivendo é o máximo que podemos fazer.

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